Le vin est semblable à l'homme : on ne saura jamais jusqu'à quel point on peut l'estimer et le mépriser, l'aimer et le haïr, ni de combien d'actions sublimes ou de forfaits monstrueux il est capable. Ne soyons donc pas plus cruels envers lui qu'envers nous-mêmes, et traitons-le comme notre égal.
(O vinho assemelha-se ao homem: nunca se saberá até que ponto se pode estimá-lo e desprezá-lo, amá-lo e odiá-lo, nem de quantas acções sublimes e gestos monstruosos ele é capaz. Por isso, não sejamos mais cruéis em relação a ele que em relação a nós próprios, e tratemo-lo como nosso igual.)
Baudelaire, Les Paradis artificiels.
A série de desenhos apresentados partiram dos seguintes textos de Charles Baudelaire:
Do poema em prosa Enivrez-vous (Embriagai-vos) em Le Spleen de Paris e dos 5 poemas sobre o vinho, um dos capítulos contidos no livro Les Fleurs du Mal (As flores do Mal): L’Âme du vin (A alma do vinho), Le Vin des chiffonniers (O vinho dos trapeiros), Le Vin de l’assassin (O vinho do assassino), Le Vin du solitaire (O vinho do solitário) e Le Vin des amants (O vinho dos amantes).
Os títulos dos desenhos foram mantidos na língua original.
Formação em design (fin. 1980) pelo IADE - Escola Superior de Design e em gravura, litografia, xilografia e serigrafia na Diferença, Lisboa (1985-1988).
Actividades profissionais: designer, como “free-lancer” e de 1995-2020 com empresa própria (Via Coloris, Design de Comunicação Lda.) para concepção e produção gráfica (CEI, Cimpor, DGSaúde, Editora Althum, EDP, Grupo Legal Português, Museu da Electricidade, LTE, Turismo de Lisboa, SGFP do Banco de Portugal, etc); editor de imagem e pré-impressão; ilustrador (publicitário e editorial); e formador de edição de imagem (c/ CCP). Mantem desde 1992 cursos regulares de gravura na Diferença (da qual é sócio e membro da direção desde 2001) e pontualmente “workshops” de gravura (mArt, actual A Base, Lisboa e Casa das Histórias - Paula Rego, Cascais).
Expõe desde 1985, desenho e gravura, colectiva, de grupo e individualmente (Portugal, Espanha, França, Japão, Inglaterra, Chile, Taiwan). Em 1993 representa a Diferença no “Acordo de Subserra”, encontro de ateliers de gravura europeus com a representação da Biblioteca Nacional para a criação de um regulamento para edições de arte.
Prémios: II Bienal de Gravura, Amadora, Le Million d’lmages, Strasbourg, IV Bienal Gravura Évora. Edições de gravura (seleção) para: EDP Electricidade Portugal, LTE-Electricidade de Lisboa e Vale do Tejo S.A., Galeria Diferença, Câmara Municipal da Amadora, mArt, Lisboa, Cei-Centro de Estudos Ibéricos, Guarda. Coleções: Instituto Camões, C. M. Amadora, S. E. Cultura, EDP, LTE, Fundação Casas de Fronteira e Alorna, MNAC.