Apresentação

A “Diferença Comunicação Visual, Cooperativa de Responsabilidade Limitada”, é uma Cooperativa que pertence ao Ramo Cultural, tendo como objecto social a produção, divulgação e intervenção cultural no âmbito da comunicação visual e como fins o fornecimento aos seus membros e aos artistas em geral de materiais e infra-estruturas para o exercício da sua actividade, bem como quaisquer outros que delibere abarcar.

Fotografia das oficinas da Cooperativa Diferença

História da Cooperativa

A Diferença Comunicação Visual CRL é uma Cooperativa Cultural sem fins lucrativos, fundada a 30 de janeiro de 1979 por Ernesto de Sousa, Helena Almeida, Irene Buarque, António Palolo, Monteiro Gil, José Conduto, José Carvalho, Fernanda Pissarro, Marília Viegas e Maria Rolão. O núcleo inicial fundador da Cooperativa Diferença - Comunicação Visual nasceu a partir da Alternativa Zero organizada pelo artista Ernesto de Sousa em 1977, que foi um marco de viragem na Arte Portuguesa Contemporânea. A eles rapidamente se juntaram outros artistas de grande relevância como Alberto Carneiro, Julião Sarmento, Ana Vieira, Eduardo Nery, João Vieira, Artur Rosa, Nuno Teotónio Pereira.

Desde 1977, dois anos antes de ser fundada a cooperativa, o grupo fundador encabeçado por Ernesto de Sousa produziu coletivas temáticas como 7777, 18x18 Nova Fotografia, A caixa, Sacom I e II em Malpartida de Cáceres (‘78/’79) com apoio da CML, 25 artistas portugueses de hoje no MAC de S. Paulo (’81), Coletiva Internacional de Livro de Artista (’83), Diferença Diálogo (’85), Portugueses En El MVM em Malpartida de Cáceres (2001).

No final dos Anos 70 vários artistas estrangeiros colaboraram connosco como o Wolf Vostell, Cavellini, Klaus Staeck, Manolo Calvo, Michael Jager, Nicole Gravier, Regina Silveira, Julio Plaza, Dércio Pignatari, Irmãos Campos, Noriko Yanagisawa, Jun Shirasu.

Em parceria com a Galeria Quadrum em 1978 e Dulce d’Agro, organizámos as primeiras exposições individuais de Irene Buarque, José Conduto, Leonel Moura e Mário Varela, com Dulce d’Agro também participámos nas primeiras feiras internacionais como a de Bolonha, Milão e Basel.

Em 1985 foi-nos conferido o Estatuto de Utilidade Pública em reconhecimento do nosso pioneiro trabalho de apoio a jovens artistas e também devido à estreita colaboração com a Galeria Quadrum, o CAPC de Coimbra, a Cooperativa Árvore do Porto, o Museu Vostell de Malpartida de Cáceres, o MAC de S. Paulo em ’81 e ‘85, a Arte Micro com o Grupo da Poesia Concreta Brasileira, a criação da Bienal de Fotografia com a Câmara de Vila Franca de Xira com Américo Silva, o Centro Português de Escultura e a GIEFARTE / Fundação Carmona e Costa. Ainda em 1985 adquirimos o primeiro andar, cave e pátio do edifício sito no nº 42 da Rua S. Felipe Nery em Lisboa, onde já eramos locatários. Foi ainda possível ampliar o nosso espaço expositivo com um projeto de uma nova galeria oferecido pelos Arquitetos Nuno Teotónio Pereira e Artur Rosa (ambos os arquitetos premiados com Prémios Valmor) e o Engenheiro Câncio Martins, realizado com os apoios da Secretaria de Estado da Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian e assim inaugurado em 1987.

Mais de uma centena de artistas portugueses e estrangeiros fizeram parte destes 42 anos de história da Diferença. Muitos começaram a sua atividade artística na Diferença como por exemplo Rui Órfão, elementos do grupo 8 de Évora fundado por António Palolo, nomeadamente José Carvalho, Joaquim Tavares, Joaquim Carapinha, José Conduto e também Pedro Calapez, Ana Leon, Cabrita Reis, José Pedro Croft, Rui Sanches, José Loureiro, Rui Chafes, Miguel Branco, Manuel João Vieira, Pedro Portugal e também com colaborações frequentes com artistas sócios e não sócios como Fernando Calhau, Gaetan, Gerard Burmester, Pedro Tudela, Maria José Oliveira, Manuel Batista, Vítor Pomar, Joaquim Bravo, Xana, Filipe Jorge, Manuel João Vieira, João Queiroz, Pedro Tropa, Luís Campos, Rui Aleixo, Jorge Santos e nos últimos anos, Ana Vidigal, Marta Caldas, Paulo Lourenço, Isabel Sabino, Maria Ribeiro e Rodrigo Oliveira.

Nos ateliers do primeiro andar funcionam regularmente cursos de gravura sob orientação de Fernanda Pissarro e João Cochofel, bem como workshops, ateliers de gravura, fotografia e de serigrafia onde se centram atividades de ensino e produção de edições de autor, abertos também a artistas não sócios da Cooperativa.

Nestes 42 anos de atividade produzimos edições de gravura e serigrafia de José Conduto, Ana Hatherly, Nuno Teotónio Pereira, José Barrias, Ângelo de Sousa, Irene Buarque e outros.

Fotografia dos fundadores da Cooperativa Diferença

Fundadores

António Palolo

Nasceu em Évora, em 1946. Autodidata, realizou a sua primeira exposição em 1964, na Galeria 111 em Lisboa. Integrou em 1968 a “Exposição de Arte Portuguesa”, Fundação Calouste Gulbenkian em Madrid, Paris e Bruxelas. Expôs em diversos museus no estrangeiro e a sua grande retrospectiva realizou-se no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, no ano de 1995. Artista referencial da história da arte portuguesa, marcou as sucessivas conjunturas artísticas, desde o início do seu percurso em meados dos anos 60. Deste artista, conhecido essencialmente pela sua produção em pintura e desenho, permanecem praticamente desconhecidas as experiências cinematográficas que desenvolveu entre 1969 e 1978, assim como as obras em vídeo que realizou entre 1977 e o início dos anos 80. António Palolo encontra-se representado em importantes coleções públicas e particulares bem como em importantes museus. Faleceu em 2000.

Fernanda Pissarro

Licenciada em pintura pela ESBAL. Foi bolseira da FCG entre 1968 e 1971. Exerceu a função de docente até 2002/03. Investiga e leciona gravura nos ateliers da Galeria Diferença da qual é sócia fundadora. De nome artístico Pissarro, participou em várias exposições individuais, prémios, edições e está representada em coleções institucionais e privadas, destacam-se: 2017- Espaço de Santa Catarina , Lisboa; 2015- Teoartis Galeria, Évora; 2013 - Galeria Prova de Artista, Lisboa; 2012- Espaço Berna, Lisboa; 2011- Galeria Paula Cabral, Lisboa; 2009/2010 - Galeria Prova de Artista, Lisboa; 2008- Galeria Diferença, Lisboa; Prémio “Amadora 20 Anos” na VII Bienal - 1a Internacional de Gravura da Amadora 2000. Representações no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian; Embaixada Portuguesa em Brasília; Museu Municipal de Lourenço Marques entre outras.

Ernesto Sousa

Ernesto de Sousa (Lisboa, 18 abril 1921 - 6 outubro 1988) foi uma das figuras mais complexas e activas do seu tempo, um prolífico artista multidisciplinar e um ávido promotor de sinergias entre gerações de artistas da primeira e da segunda metade do século XX. Defensor de uma expressão artística experimental e livre, dedicou-se ao estudo, divulgação e prática das artes, como à curadoria, crítica e ensaística, à fotografia, ao cinema e ao teatro.

Irene Buarque

Nasceu em São Paulo em 1943. Desde 1973 que trabalha em Lisboa. É formada em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes Plásticas Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo. A sua atividade abrange os diversos campos das artes plásticas, nomeadamente a pintura, a escultura, cerâmica, vidro, instalação e arte pública. Casada com o conhecido arquitecto Nuno Teotónio Pereira. Da sua extensa obra, salienta-se a proximidade que desde sempre manteve com a obra gráfica, através da Cooperativa Diferença (Lisboa) da qual foi membro da direção entre 1979/93 e 2002/08. Encontra-se representada em diversas coleções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro

Helena Almeida

Filha do escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1955. Em 1961 participa na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian e em 1964 obtém uma bolsa de estudo, prosseguindo os seus estudos em Paris. Na capital francesa contacta com a arte abstracta, sendo a sua obra deste período marcada pelos jogos de inter-relação entre espaços interiores e exteriores. Regressada a Portugal, expõe individualmente pela primeira vez em 1967 (Galeria Buchholz, Lisboa), apresentando composições geométricas e abstratizantes nas quais questiona o espaço pictórico e explora os limites físicos da pintura, problemática que viria a ser desenvolvida na sua obra futura. A partir do final da década de 1960 passa a centrar-se na intensa reflexão sobre a auto-representação e sobre as relações de tensão entre o corpo, o espaço e a obra: o seu próprio corpo é então encarado enquanto objecto e suporte da obra, temática que a partir de 1975 é desenvolvida através da manipulação de meios como a pintura, o desenho, a gravura, a instalação, a fotografia e o vídeo. Artista de intensa matriz conceptual, a sua rigorosa e original investigação plástica granjeou-lhe desde a década de 1970 um forte reconhecimento nacional e internacional, destacando-se a representação de Portugal nas Bienais de São Paulo (1979), Veneza (1982 e 2004) e Sidney (2004) e as exposições antológicas em Santiago de Compostela e em Badajoz (2000), no Centro Cultural de Belém (2004), em Serralves (2005) e em Madrid (2008).

Monteiro Gil

Monteiro Gil nasceu na Guarda, a 14 de março de 1943. Diplomado pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1964-68), professor do ensino secundário, professor de fotografia, integrou a Cooperativa Diferença, fez parte do Grupo Iris (1992-97). Participou em dezenas de exposições individuais e coletivas, editou vários livros, nomeadamente “Prata Negra” (Fim de Século Ed., 1992), “As Pedras e o Tempo” (Cooperativa Diferença, 1993), “Lisboa Qualquer Lugar – Lisboa Qualquer Lisboa” (Cooperativa Diferença, 1994) e “Made in U.S.A. – Impressões de Viagem” (Cooperativa Diferença, 1996), estes ligados ao Grupo Iris; “Um país de longínquas fronteiras” (Câmara Municipal da Guarda, 2000), “Um (e)terno olhar. Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira e a Guarda” (Centro de Estudos Ibéricos, 2008) ou “Leite, cardo e mãos frias. O queijo da Serra da Estrela no concelho da Guarda” (Câmara Municipal da Guarda, 2009), para referir apenas alguns, todos eles em parceria com outros autores (entre outros, Fernando Curado Matos, Luís Azevedo, Alberto Picco e Agostinho Gonçalves). Vive e trabalha em Lisboa. As suas obras integram diversas coleções particulares e públicas, estando representado em museus em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça e Itália.

Marília Viegas

Nasceu em Faro, em 1941. É licenciada pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian enquanto estudante e é investigadora em Gravura na Cooperativa Diferença. Em 1979, participou na 1ª. Biennale Der Europaischen Grafik Heidelberg e na 13ª. Biennale de Gravura à Ljubljana Em 1980 e 1984, participou na 8ª. e 10.ª Biennale Internationale de la Gravure à Cracovie. Das exposições individuais e coletivas em que participou, destacam-se: em 1990, Exposição de Gravura e Pintura na "Casa das Artes", em Tavira e Exposição de Gravura e Desenho na "Cooperativa de Gravadores", Lisboa; em 1996 – Galeria da EPAL “Mãe d’Água”, Lisboa; em 2000, no Museu José Malhoa, Caldas da Rainha; em 1992, Gravura Portuguesa, Oxford, Inglaterra. Foi premiada e distinguida por diversas instituições.

José Conduto

Nasceu em 1951 em Trindade - Beja e faleceu em 1980 em Lisboa. Conviveu e frequentou os lugares privilegiados de encontro da vanguarda artística nacional o seu trabalho destaca-se pela experimentação ao nível da performance em entre 1977 e 1980 apresenta uma relevância particular pela profundidade com a qual explorou deixou um espólio significativo de textos de reflexão crítica e notas de projeto das suas etapas de criação o desenho a serigrafia a pintura o vídeo e a performance.

José Carvalho

Redondo (Alentejo), 1949 – 1991
Autodidacta, o trabalho de José de Carvalho será marcado por um experimentalismo e interdisciplinaridade no uso de variadas técnicas e materiais. Começará por explorar as potencialidades da performance, do vídeo e da instalação, seguindo as tendências artísticas internacionais dos anos 70, que também estavam a ser originalmente exploradas pelos artistas que lhe eram próximos, nomeadamente por José Conduto. Os seus trabalhos em performance e vídeo adquirem algum reconhecimento internacional com a exposição Portuguese Video Art, que decorre em Abril/Maio de 81 na Corroboree, Gallery of New Concepts, University of Iowa, EUA, onde apresenta a performance-vídeo Belém. Em 1977 é um dos artistas que participa na exposição Alternativa Zero – Tendências Polémicas da Arte Portuguesa Contemporânea. É um dos oito artistas que compõem o chamado “Grupo 8 de Évora-Monte”, formado no pós-25 de Abril e do qual faziam parte António Palolo e José Conduto. Em 1987 José de Carvalho apresenta a sua primeira exposição individual intitulada Espiral – Instalação e Performance na Galeria Grafil (actual Galeria Diferença). Em 1979, participa na exposição SACOM II, no Museu Vostell de Malpartida, em Espanha. Recebe o prémio de desenho na Lis’81, e o prémio da Bienal de Lagos em 1986. Ainda em 1983, participa na exposição Depois do Modernismo realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes.

Maria Rolão

Nasceu em Faro. Curso Superior de Pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Exposições coletivas (seleção): VII Salão de Arte Moderna, Luanda: XIII e XIV Prémio Dibuix Joan Miró, Barcelona; Exposição de Desenho, Lérisa; Internacional de Desenho, Fundação Calouste Gulbenkian; Galeria Trazus, Santander; Artistas Portugueses, Paris; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Galeria Felizitas Mentel, Alemanha; 11 X Portugal, Derendigen; Artistas Portugueses, Mannheim; Internacional Livro de Artista, Lisboa; 1ª Mostra de Arte Contemporanea, Rio de Janeiro; Kunstlergruppe Lisboa 1, Alemanha; Novas tendências de Desenho, Lisboa; Exposição 3Grupo, Lisboa; II Bienal de Artes do Alentejo; Então Tens Pintado?, Camara Municipal da Amadora; II, III, IV, V, VI e VII Exposições Internacionais de Artes Plásticas, Vendas Novas. Exposições Individuais: 1983 – Galeria Camillo-Eça, Lisboa. 1984 – Circulo Cultural do Algarve, Faro; Galeria S. Francisco, Lisboa. 1986 – Teoartis Galeria, Évora. 1989 – Galeria do Forum Picoas, Lisboa. 1990 – Galeria Adriano Batista, Olhão. 1995 – Teoartis Galeria, Évora. 1998 – Galeria 65ª, Lisboa. Prémio: 1972 – 1º Prémio e Medalha de Prata do XVII Salão de Primavera, Estoril. 1984 – Prémio de Aquisição “1ª Exposição Nacional de Arte”, Banco Nacional de Fomento. Está representada em coleções particulares no País e no estrangeiro.

Estrutura Atual

Contamos atualmente com 20 sócios. A Diferença tem receitas provenientes de vendas das exposições, venda de edições de arte, cotas dos sócios e uma percentagem sobre os cursos lecionados nas oficinas. Temos dois espaços expositivos abertos, a sala triangular maior e com acesso ao terraço, e a sala quadrada mais pequena e interior. Mas também o escritório, loja de arte, bar com vídeo e internet, oficinas em pleno funcionamento (serigrafia, gravura, fotografia, litografia), acervo de obras de arte e arquivo/documentação de artistas e exposições passadas, e um espaço para residência artística com possibilidade de usufruto das oficinas, por períodos de curta duração, de acordo com o projeto artístico proposto pelos artistas.

Programação

No que se refere à programação quer da sala quadrada quer da sala triângulo, estão destinadas a 1/3 de artistas associados, 1/3 de artistas convidados e 1/3 de artistas proponentes espontâneos. Procura-se desenvolver uma programação independente, de teor experimental, em sintonia com as questões artísticas, sociais e ambientais contemporâneas, trabalhando em simultâneo com artistas já consagrados e desde sempre ligados á Diferença (muitos deles começaram a sua carreira a expor na galeria Diferença), artistas emergentes no início de carreira em busca de oportunidades para expor, e os artistas sócios da cooperativa, que desenvolvem trabalho artístico e de investigação regular, sendo este o lugar onde expõem a sua produção independente. Procuramos expor também o resultado final dos cursos lecionados nas oficinas durante o ano letivo, no âmbito da gravura, serigrafia, litogravura, serigrafia e fotografia. Desenvolvemos também programação internacional, de gravadores e artistas, no sentido de expor o seu trabalho, imprimir pequenas edições – dinamizando as oficinas, e contar com a sua presença para formação e visitas guiadas.

Plano Artístico

No plano artístico, a cooperativa Diferença mantém-se desde a sua fundação como espaço alternativo sem fins lucrativos, que se propõe fazer a ‘diferença’ das galerias de arte comerciais a trabalhar exclusivamente com os seus artistas, dando oportunidade de expor a artistas emergentes, dar a experienciar novas práticas artísticas e captar novos públicos. Procuramos manter os pressupostos iniciais da fundação da cooperativa, no que se refere ao incentivo à experimentação, apoio à produção e apoio a jovens artistas, abertura a novos projetos de interesse artístico e social.

A Diferença como cooperativa de artistas é hoje um espaço pioneiro pelo seu trabalho iniciado ainda informalmente já em 1976, havendo hoje muitas outras associações que lhe seguiram o exemplo, como a ZDB ou a Zaratan, apresentando-se como alternativa no panorama artístico instituído. No entanto, a história, o legado artístico e a qualidade dos espaços fazem da Diferença um lugar singular muito apreciado pelos artistas e pelo público. A componente oficinal e de formação, mas também social, ativista e participativa numa perspetiva ‘art and life’ do contexto da sua origem é cada vez mais pertinente num mundo que se quer hospitaleiro, inclusivo e belo pela coerência e oportunidade das suas práticas e produção.

As galerias mantêm um caráter inclusivo e transversal de todos os géneros, técnicas e tendências artísticas, aberta a artistas europeus e não europeus, e de todas as gerações. Procurando atender à diversidade cultural contemporânea, gerações e grupos sociais, ao trabalho mais conceptual ou mais socialmente participativo, procurando no entanto manter a qualidade e coerência na programação.

Residências Artísticas

O espaço das residências artísticas conta com a possibilidade de usufruto das oficinas de gravura, litografia, serigrafia e fotografia, e com a envolvente urbana e social. Este espaço é alugado por períodos de curta duração para o desenvolvimento de projetos de pesquisa artística de qualquer natureza. Será dada a possibilidade da realização de uma exposição oral final do trabalho, abrindo a programação a diferentes olhares, abordagens artísticas e ligação à comunidade.

Formação

Quanto ao apoio à qualificação artística, são lecionados regularmente cursos de longa e curta duração, geralmente em horário pós-laboral, cursos nas oficinas de gravura, litografia, serigrafia e fotografia – por artistas sócios ou convidados, dirigidos a artistas profissionais e a estudantes com mais de 16 anos. Estes cursos serão complementados com a realização de workshops e conferências, promovendo a partilha de conhecimento, assim como a crítica e argumentação associadas à prática da criação artística. Trabalhamos atualmente com sócios gravadores, docentes de serigrafia e litografia do IADE, e fotógrafos convidados. As oficinas também estão disponíveis ao publico em geral, desde que tenha formação na área e com supervisão do responsável da oficina, por um custo simbólico, e com frequência a combinar.

Serviço Educativo

Pretende-se desenvolver um trabalho de educação artística e sensibilização ao processo criativo em crianças dos 6 aos 10 anos, com a responsabilidade de um sócio e um colaborador convidado com experiência em serviço educativo em museus nacionais. As temáticas abordadas serão conectadas com a exposição do mês, promovendo a compreensão e crítica da arte entre as crianças, assim como oficinas criativas e experimentais das técnicas em exposição. O serviço educativo debruçar-se-á no modelo de workshops pontuais e durante as interrupções letivas, sobre as técnicas da pintura, da xilogravura, da fotografia e técnicas mistas.

Sócios

Agostinho Gonçalves, Ana Vidigal, António Filipe de Matos André Gomes, Catarina Maria Tamagnini Ataíde Castel-Branco, Cristina Ataíde, Elisabete Gonçalves, Inês Soares, Irene Buarque de Gusmão, Isabel Sabino, Maria Teresa Condeixa da Gama Castanheira, Maria Ribeiro, Marta Jesus Caldas Silva, Rita Filipe, Rodrigo Oliveira, Paulo Manuel Pereira Lourenço de Sousa, Albertina Cândida Pestana Serra e Sousa, João Pedro Cochofel de Azevedo, José Alberto Monteiro Gil, Manuel Valente Alves, Maria Fernanda Pissarro Gamboa e Maria do Rosário Rolim Ramos.

Equipa

Rita Filipe

Presidente

Catarina Castel-Branco

Vice-Presidente

João Pedro Cochofel

Vogal

Carolina Marques

Apoio à Direcção

Informações

Morada

Rua São Filipe Néri 42 Cave
1250-012 Lisboa, PT

Terça a Sexta das 14h às 19h
Sábado das 15h às 20h

Apoios e Parceiros