António Palolo
Nasceu em Évora, em 1946. Autodidata, realizou a sua primeira exposição em 1964, na Galeria 111 em Lisboa. Integrou em 1968 a “Exposição de Arte Portuguesa”, Fundação Calouste Gulbenkian em Madrid, Paris e Bruxelas. Expôs em diversos museus no estrangeiro e a sua grande retrospectiva realizou-se no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, no ano de 1995. Artista referencial da história da arte portuguesa, marcou as sucessivas conjunturas artísticas, desde o início do seu percurso em meados dos anos 60. Deste artista, conhecido essencialmente pela sua produção em pintura e desenho, permanecem praticamente desconhecidas as experiências cinematográficas que desenvolveu entre 1969 e 1978, assim como as obras em vídeo que realizou entre 1977 e o início dos anos 80. António Palolo encontra-se representado em importantes coleções públicas e particulares bem como em importantes museus. Faleceu em 2000.
Fernanda Pissarro
Licenciada em pintura pela ESBAL. Foi bolseira da FCG entre 1968 e 1971. Exerceu a função de docente até 2002/03. Investiga e leciona gravura nos ateliers da Galeria Diferença da qual é sócia fundadora. De nome artístico Pissarro, participou em várias exposições individuais, prémios, edições e está representada em coleções institucionais e privadas, destacam-se: 2017- Espaço de Santa Catarina , Lisboa; 2015- Teoartis Galeria, Évora; 2013 - Galeria Prova de Artista, Lisboa; 2012- Espaço Berna, Lisboa; 2011- Galeria Paula Cabral, Lisboa; 2009/2010 - Galeria Prova de Artista, Lisboa; 2008- Galeria Diferença, Lisboa; Prémio “Amadora 20 Anos” na VII Bienal - 1a Internacional de Gravura da Amadora 2000. Representações no Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian; Embaixada Portuguesa em Brasília; Museu Municipal de Lourenço Marques entre outras.
Ernesto Sousa
Ernesto de Sousa (Lisboa, 18 abril 1921 - 6 outubro 1988) foi uma das figuras mais complexas e activas do seu tempo, um prolífico artista multidisciplinar e um ávido promotor de sinergias entre gerações de artistas da primeira e da segunda metade do século XX. Defensor de uma expressão artística experimental e livre, dedicou-se ao estudo, divulgação e prática das artes, como à curadoria, crítica e ensaística, à fotografia, ao cinema e ao teatro.
Irene Buarque
Nasceu em São Paulo em 1943. Desde 1973 que trabalha em Lisboa. É formada em Artes Plásticas pela Faculdade de Artes Plásticas Fundação Armando Álvares Penteado de São Paulo. A sua atividade abrange os diversos campos das artes plásticas, nomeadamente a pintura, a escultura, cerâmica, vidro, instalação e arte pública. Casada com o conhecido arquitecto Nuno Teotónio Pereira. Da sua extensa obra, salienta-se a proximidade que desde sempre manteve com a obra gráfica, através da Cooperativa Diferença (Lisboa) da qual foi membro da direção entre 1979/93 e 2002/08. Encontra-se representada em diversas coleções públicas e privadas, em Portugal e no estrangeiro
Helena Almeida
Filha do escultor Leopoldo de Almeida (1898-1975), formou-se em Pintura na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa em 1955. Em 1961 participa na II Exposição de Artes Plásticas da Fundação Calouste Gulbenkian e em 1964 obtém uma bolsa de estudo, prosseguindo os seus estudos em Paris. Na capital francesa contacta com a arte abstracta, sendo a sua obra deste período marcada pelos jogos de inter-relação entre espaços interiores e exteriores. Regressada a Portugal, expõe individualmente pela primeira vez em 1967 (Galeria Buchholz, Lisboa), apresentando composições geométricas e abstratizantes nas quais questiona o espaço pictórico e explora os limites físicos da pintura, problemática que viria a ser desenvolvida na sua obra futura. A partir do final da década de 1960 passa a centrar-se na intensa reflexão sobre a auto-representação e sobre as relações de tensão entre o corpo, o espaço e a obra: o seu próprio corpo é então encarado enquanto objecto e suporte da obra, temática que a partir de 1975 é desenvolvida através da manipulação de meios como a pintura, o desenho, a gravura, a instalação, a fotografia e o vídeo. Artista de intensa matriz conceptual, a sua rigorosa e original investigação plástica granjeou-lhe desde a década de 1970 um forte reconhecimento nacional e internacional, destacando-se a representação de Portugal nas Bienais de São Paulo (1979), Veneza (1982 e 2004) e Sidney (2004) e as exposições antológicas em Santiago de Compostela e em Badajoz (2000), no Centro Cultural de Belém (2004), em Serralves (2005) e em Madrid (2008).
Monteiro Gil
Monteiro Gil nasceu na Guarda, a 14 de março de 1943. Diplomado pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian (1964-68), professor do ensino secundário, professor de fotografia, integrou a Cooperativa Diferença, fez parte do Grupo Iris (1992-97). Participou em dezenas de exposições individuais e coletivas, editou vários livros, nomeadamente “Prata Negra” (Fim de Século Ed., 1992), “As Pedras e o Tempo” (Cooperativa Diferença, 1993), “Lisboa Qualquer Lugar – Lisboa Qualquer Lisboa” (Cooperativa Diferença, 1994) e “Made in U.S.A. – Impressões de Viagem” (Cooperativa Diferença, 1996), estes ligados ao Grupo Iris; “Um país de longínquas fronteiras” (Câmara Municipal da Guarda, 2000), “Um (e)terno olhar. Eduardo Lourenço, Vergílio Ferreira e a Guarda” (Centro de Estudos Ibéricos, 2008) ou “Leite, cardo e mãos frias. O queijo da Serra da Estrela no concelho da Guarda” (Câmara Municipal da Guarda, 2009), para referir apenas alguns, todos eles em parceria com outros autores (entre outros, Fernando Curado Matos, Luís Azevedo, Alberto Picco e Agostinho Gonçalves). Vive e trabalha em Lisboa. As suas obras integram diversas coleções particulares e públicas, estando representado em museus em Portugal, Espanha, França, Bélgica, Suíça e Itália.
Marília Viegas
Nasceu em Faro, em 1941. É licenciada pela Escola Superior de Belas Artes de Lisboa. Foi bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian enquanto estudante e é investigadora em Gravura na Cooperativa Diferença. Em 1979, participou na 1ª. Biennale Der Europaischen Grafik Heidelberg e na 13ª. Biennale de Gravura à Ljubljana Em 1980 e 1984, participou na 8ª. e 10.ª Biennale Internationale de la Gravure à Cracovie. Das exposições individuais e coletivas em que participou, destacam-se: em 1990, Exposição de Gravura e Pintura na "Casa das Artes", em Tavira e Exposição de Gravura e Desenho na "Cooperativa de Gravadores", Lisboa; em 1996 – Galeria da EPAL “Mãe d’Água”, Lisboa; em 2000, no Museu José Malhoa, Caldas da Rainha; em 1992, Gravura Portuguesa, Oxford, Inglaterra. Foi premiada e distinguida por diversas instituições.
José Conduto
Nasceu em 1951 em Trindade - Beja e faleceu em 1980 em Lisboa. Conviveu e frequentou os lugares privilegiados de encontro da vanguarda artística nacional o seu trabalho destaca-se pela experimentação ao nível da performance em entre 1977 e 1980 apresenta uma relevância particular pela profundidade com a qual explorou deixou um espólio significativo de textos de reflexão crítica e notas de projeto das suas etapas de criação o desenho a serigrafia a pintura o vídeo e a performance.
José Carvalho
Redondo (Alentejo), 1949 – 1991
Autodidacta, o trabalho de José de Carvalho será marcado por um experimentalismo e interdisciplinaridade no uso de variadas técnicas e materiais. Começará por explorar as potencialidades da performance, do vídeo e da instalação, seguindo as tendências artísticas internacionais dos anos 70, que também estavam a ser originalmente exploradas pelos artistas que lhe eram próximos, nomeadamente por José Conduto. Os seus trabalhos em performance e vídeo adquirem algum reconhecimento internacional com a exposição Portuguese Video Art, que decorre em Abril/Maio de 81 na Corroboree, Gallery of New Concepts, University of Iowa, EUA, onde apresenta a performance-vídeo Belém. Em 1977 é um dos artistas que participa na exposição Alternativa Zero – Tendências Polémicas da Arte Portuguesa Contemporânea. É um dos oito artistas que compõem o chamado “Grupo 8 de Évora-Monte”, formado no pós-25 de Abril e do qual faziam parte António Palolo e José Conduto. Em 1987 José de Carvalho apresenta a sua primeira exposição individual intitulada Espiral – Instalação e Performance na Galeria Grafil (actual Galeria Diferença). Em 1979, participa na exposição SACOM II, no Museu Vostell de Malpartida, em Espanha. Recebe o prémio de desenho na Lis’81, e o prémio da Bienal de Lagos em 1986. Ainda em 1983, participa na exposição Depois do Modernismo realizada na Sociedade Nacional de Belas Artes.
Maria Rolão
Nasceu em Faro. Curso Superior de Pintura da Faculdade de Belas Artes de Lisboa. Exposições coletivas (seleção): VII Salão de Arte Moderna, Luanda: XIII e XIV Prémio Dibuix Joan Miró, Barcelona; Exposição de Desenho, Lérisa; Internacional de Desenho, Fundação Calouste Gulbenkian; Galeria Trazus, Santander; Artistas Portugueses, Paris; Museu de Arte Moderna, Rio de Janeiro; Galeria Felizitas Mentel, Alemanha; 11 X Portugal, Derendigen; Artistas Portugueses, Mannheim; Internacional Livro de Artista, Lisboa; 1ª Mostra de Arte Contemporanea, Rio de Janeiro; Kunstlergruppe Lisboa 1, Alemanha; Novas tendências de Desenho, Lisboa; Exposição 3Grupo, Lisboa; II Bienal de Artes do Alentejo; Então Tens Pintado?, Camara Municipal da Amadora; II, III, IV, V, VI e VII Exposições Internacionais de Artes Plásticas, Vendas Novas. Exposições Individuais: 1983 – Galeria Camillo-Eça, Lisboa. 1984 – Circulo Cultural do Algarve, Faro; Galeria S. Francisco, Lisboa. 1986 – Teoartis Galeria, Évora. 1989 – Galeria do Forum Picoas, Lisboa. 1990 – Galeria Adriano Batista, Olhão. 1995 – Teoartis Galeria, Évora. 1998 – Galeria 65ª, Lisboa. Prémio: 1972 – 1º Prémio e Medalha de Prata do XVII Salão de Primavera, Estoril. 1984 – Prémio de Aquisição “1ª Exposição Nacional de Arte”, Banco Nacional de Fomento. Está representada em coleções particulares no País e no estrangeiro.