De 13 Janeiro até 12 Fevereiro 2022

Célia Bragança

Uma casa sem morada

Exposições

Espaço Quadrado

O que aqui se define é essa repetição de um gesto que pressiona as camadas da superfície. Na densidade destas camadas consideramos que já não se trata de cartografar, porque o que o que se define são superfícies já habitadas, com memória oferecida seja na sua textura mais irregular, seja na sua lisura.

Nasceu em Moçambique, 1965.
Licenciada e Mestre em Belas Artes pela Universidade de Lisboa. Doutor em Grabado y Estampación pela Saint Charles Royal Academy of Fine Arts de Valência. Atualmente é professora na Escola Superior de Belas Artes e Design (ESAD), Caldas da Rainha. Com vários prémios e exposições em Portugal e Espanha e representada em várias entidades públicas e privadas daqueles países e também no Reino Unido.

“A Casa é como uma metáfora da construção fenomenológica da minha identidade nómada, mostra a enorme complexidade no seu planeamento, que parte da análise do Ser/Habitat, -conversa simbolicamente e extrai todo o discurso poético, ou seja, do construção das matrizes, registros e impressões para aprofundar minhas inquietações, relações e referências, que surgem como consequência direta do problema da minha identidade nômade, por suas características geográficas especiais (uma viagem do hemisfério sul ao hemisfério norte), de onde se misturam várias culturas, vários países e várias moradas/casas... numa só ideia de viagem, (de sul para norte), como sistema cartográfico para o meu pensamento visual, que flutua biunívocamente entre a micro poética e a micro política da arte.

Assim, no meu trabalho o Habitar e o Construir estão um para o outro, numa relação de meio e fim. Porque construir não é só um meio de habitar, mas construir é em si já habitar.”, disse a artista Célia Bragança.